Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria…
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga
quarta-feira, setembro 09, 2009
Ouvir de novo a tua voz seria matar a sede com água salgada.
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4 comentários:
Lindo, lindo, lindo.
Gostei.
AP
Já aqui tinha passado e, para mim, sem dúvida dos melhores posts.
Amar também é deixar ir quando não se pode ficar.
Ainda que com lágrimas, e dor fechada em nós.
Mas nunca se deixa de amar quando amar é deixar ir e não se pode ficar.
Lo
belíssimo poema este.
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