quarta-feira, agosto 12, 2009

A minha máquina aceleradora de sangue

Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começámos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo,
tu és ainda o meu relógio de vento,
a minha máquina aceleradora de sangue,
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?

Isabel Meyrelles

1 comentário:

Anónimo disse...

Bonito mas ao mesmo tempo triste ou realista.

AP