Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.
Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.
O Livro dos Amantes (IX) - Natália Correia
1 comentário:
Eu! Ponho negro na distância!
"...morder-nos na carne dum segredo."
Kero a cor do SOL!
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