segunda-feira, março 21, 2011

que faço do dia, da noite?

Já te despedes de mim, Hora.
Teu golpe de asa é o meu açoite.
Só: da boca o que faço agora?
Que faço do dia, da noite?

Sem paz, sem amor, sem teto,
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.

O Poeta - Rainer Maria Rilke

1 comentário:

Teresa disse...

Rilke, um amor meu de sempre :)