Não imites a paciência das macieiras
que esperam, há séculos, com o sol por dentro,
o azul total
e as reacções químicas necessárias
para nascerem asas nas maçãs
que pintarão de outra luz
a longa paciência da terra
no ruído calado das manhãs.
Agora são os homens que não querem esperar.
Nem eu com eles.
Queremos asas já.
Abaixo a tua paciência, macieira,
e viva a dinamite verdadeira!
José Gomes Ferreira
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