De modo que é assim que vivemos as nossas vidas. Não importa quão profunda e fatal seja a perda, o quão importante fosse o que nos roubaram - que foi arrebatado de nossas mãos -, mesmo que mudemos completamente, com somente a camada externa da pele igual à de antes, continuamos a representar as nossas vidas dessa maneira, em silêncio. Aproximamo-nos cada vez mais do fim da dimensão do tempo que nos foi estipulado, dando-lhes adeus enquanto vai minguando. Repetindo, quase sempre habilmente, as proezas sem fim do dia-a-dia. Deixando para trás uma sensação de vazio imensurável.
excerto de 'Sputnik, Meu Amor' - Haruki Murakami
terça-feira, setembro 23, 2008
Uma sensação de vazio imensurável
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário