A história dessa rainha de Sabá - à qual os abissínios chamam Makeda e o Corão Balkis - está ligada a uma lenda que se perpetua há três mil anos.
Por volta do ano mil antes de Cristo, a rainha de Sabá, intrigada com a sabedoria do
rei dos judeus Salomão, efectuou uma viagem à Judeia.
O acolhimento reservado a essa rainha digna das Mil e Uma Noites foi excepcional, e Salomão tentou mesmo convencê-la a abraçar a sua religião. A duração da estada transformou as relações entre esse rei e essa rainha, com o primeiro a sentir incrementarem-se, a respeito da segunda, sentimentos que já não tinham nada de protocolares. A lenda refere que, para o jantar oferecido pelo rei dos judeus, na véspera da partida da rainha de Sabá, foi previsto servir apenas iguarias fortemente condimentadas, segundo o costume oriental.
Apercebendo-se das intenções de Salomão, ela obrigou-o a prometer que não se aproveitaria da situação durante o seu sono. A promessa foi aceite, com uma condição: a rainha não tomaria coisa alguma do que havia no palácio.
Torturada pela sede, ela acabou por ceder e bebeu um copo de água, gesto que Salomão aguardava e o libertou do juramento.
A Rainha de Sabá - André Malraux
quarta-feira, agosto 22, 2007
Rei Salomão, o sábio...
Rei Salomão e a Rainha de Sabá - Peter Paul Rubens
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