33 anos depois lutamos para que se cumpra Abril depois de Abril. Não esquecemos os que desde 74 não pararam de trair o seu Povo. Mas também não esquecemos os que andaram lado a lado com ele! A ti, Vasco, o verdadeiro Homem Novo.

Nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas.
Quem conheça o sul e a sua transparência
também sabe que no verão pelas veredas
da cal a crispação da sombra caminha devagar.
De tanta palavra que disseste algumas
se perdiam, outras duram ainda, são lume
breve arado ceia de pobre roupa remendada.
Habitavas a terra, o comum da terra, e a paixão
era morada e instrumento de alegria.
Esse eras tu: inclinação da água. Na margem
vento areias mastros lábios, tudo ardia.
O comum da terra - Eugénio de Andrade
2 comentários:
O meu preferido... Eugénio
De tanta palavra...
algumas se perdiam,
outras duram ainda...
Gosto ;)
nem é para esquecer!
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