quarta-feira, abril 25, 2007

Nós não esquecemos

33 anos depois lutamos para que se cumpra Abril depois de Abril. Não esquecemos os que desde 74 não pararam de trair o seu Povo. Mas também não esquecemos os que andaram lado a lado com ele! A ti, Vasco, o verdadeiro Homem Novo.

Nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas.
Quem conheça o sul e a sua transparência
também sabe que no verão pelas veredas
da cal a crispação da sombra caminha devagar.
De tanta palavra que disseste algumas
se perdiam, outras duram ainda, são lume
breve arado ceia de pobre roupa remendada.
Habitavas a terra, o comum da terra, e a paixão
era morada e instrumento de alegria.
Esse eras tu: inclinação da água. Na margem
vento areias mastros lábios, tudo ardia.
O comum da terra - Eugénio de Andrade

2 comentários:

Anónimo disse...

O meu preferido... Eugénio

De tanta palavra...
algumas se perdiam,
outras duram ainda...

Gosto ;)

SoNosCredita disse...

nem é para esquecer!