O amor antigoAmor antigo - Carlos Drummond de Andrade
vive de si mesmo
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera,
mas do destino não nega a sentença.
O amor antigo
tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e beleza
Por aquelas mergulhas no infinito,
e por estas suplanta a natureza
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor,
porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente,
mas pobre de esperança.
Mais triste?
Não.
Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais belo
quanto mais amor...
quarta-feira, novembro 29, 2006
Amor antigo
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